terça-feira, 28 de julho de 2015

O tempo e o relativo

Um dia destes achei ter aperfeiçoado a máquina do tempo. Estiquei as mãos pela janela de três anos atrás e jurei sentir teu frio. Respirei três anos a frente e senti o mesmo aroma, o carinho gelado de seu ar. Jurei ter voltado. Jurei ter estado todos estes dias atrás. Não sei se memória, alucinação ou miragem, só sei ter sido. Hoje eu voltei todos esses dias atrás e estive contigo. 
Ah, amor, o que é que a saudade não faz? Rompi os laços da verdade para te ter aqui. Pulei o tempo, o dinheiro, a distância. Te carrego comigo. Me arraste pra você. 
(oito mil oitocentos e cinquenta e cinco quilômetros pra casa).