Amor, doce amor. Procurado amor. Achado bruto em corações humanos, colhido de forma simples, paulatinamente, pacientemente construído e arquitetado ou simplesmente abrupto, feroz, despertado rudemente com a unica intenção de olhar nos olhos de outro e perder-se de você. Então já não se procura o espelho para se achar-se, porque já não se é mais inteiro. Se é parte de um todo. E por mais incomodo que isto pareça teoricamente, o andar nas nuvens que propicia, os sonhos que vende, a emoção que dá faz valer apena. As borboletas subindo pelo estômago e fazendo todo o corpo voar...
Então é quente, é urgente, é arrebatador. Arde no peito e é impossível esperar mais um pouco para encontrar o único remédio para tal inquietação. E vão torpedos, ligações, mensagens instantâneas... E hajam filmes, lugares, comidas, escolas e motivos para se encontrar. Cresce tanto que parece que não cabe no peito, ressurge feroz como um vulcão adormecido a simples troca de olhar, escorrendo lava sobre todo seu corpo ao sentir o toque, o gosto, o cheiro. Ao senti-lo ali, vai tomando forma, vai ficando sólido, vai amadurecendo, empalidecendo, mas permanece.
Permanece imaculado, mas já não é o mesmo. Está frio, ordinário, e ainda assim é belo. Porém chega o dia, que um descuido esbarra, que a gravidade age, que num momento de raiva desistimos dele e o jogamos ao chão ou que num momento de distração o deixamos escapar de nossos dedos e nada podemos fazer além de encarar estupefatos enquanto ele caí ao chão, partindo-se em milhares de pedaços.
Pedaços, memórias, beijos, abraços. Pedaços que já não se fazem mais inteiros. É quebrado, partido, arruinado, falido, ainda é belo aos fragmentos. São milhares de pedaços pelo chão e duas pessoas que seguem cada uma para seu lado, construindo e destruindo muitos amores mais. As vezes se odiando, as vezes conciliando, as vezes simplesmente aceitando que não deu, mas cada uma partindo novamente para o amor. Porque este não é ponto de chegada, não é o final; é estilo de vida, é contínuo, mesmo nos que nunca acabam... Amar é viver e viver é amar, o par perfeito em junção perpétua. E como disse Renato, o resto é imperfeito.
importante é não confundir ficção com realidade.
ResponderExcluirA ficção serve pra aliviar a dureza da rotina, a mesmisse da realidade.
ADOREI, pena que amar é para os fracos
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