terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quotes

Eu acredito muito pouco nos compromissos, eles deixam de existir quando deixamos de acreditar neles.

Mas a vida continuava a ser vida, sempre e de qualquer forma.

Para mim é difícil ser de alguém, não sou nem de mim mesma.

Tem dias que não sei se devo parar de respirar definitivamente ou se fico em apnéia durante todo o tempo que me resta.

O fato de nunca ter feito não quer dizer que seja errado.

O amor, o que procuro desde sempre, às vezes me parece tão distante, tão diferente de mim...

Mas então, por que sinto tanto medo?

Será que um dia vou conseguir retribuir toda essa beleza?

(Todos de "Cem escovadas antes de ir para cama" - Melissa Panarello)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Veneno que eu tomo querendo que o outro morra.

Sentada aqui, sinto tanto ódio que não sei mais discernir de que. Se é de você, se é de mim, se é deles... Mas acho que é de você. Por me fazer sentir miserável, pouco, não o bastante. Já desisti de me perguntar o por que desta necessidade de agradar, a resposta é esta. E no final eu descubro que te odeio. Te odeio com todas as forças que tenho em mim. Até sem razão. Só não deixo de odiar por isto. Você me arrasta para o meu maior temor e eu te odeio.
E falar isto libera um pouco do ódio, embora não vai ajudar em nada. Porque depois vai ficar tudo bem. Vai tudo para caixa forte de novo, até eu não aguentar e covardemente vazar em lágrimas. E então eu me pergunto por que me submeto a isto tudo, a mesma resposta. O ódio cresce. Eu não preciso disto, mas estou aqui. Infla. E as cobranças, risadas, escárnios sem ligar. Explode.
Não era amor, era cilada. Não era amizade, era nada.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Música.

Umas notas juntas. Uns acordes num ritmo. Uma voz acompanhando a melodia. Pulsa o coração, fecham-se os olhos, balança o corpo, esvazia-se a mente de receios para enchê-la de memórias e pequenos futuros...
Você sorri, você chora, você brinca, namora, sua, soa. Uma pequena vida com trilha sonora. Ver você mesma como um filme dentro da sua cabeça. E dançar. Não ligar. Não se arrepender. Sorrir ainda mais e deixar viver sem medo, sem preocupação. Correndo de sim e não. Aqui e agora, embalada pelo ritmo, pelo sorriso. Sem verdade, sem mentira, sem ídolo e ideologia. Vivendo a noite em slow motion. Abrindo os olhos e recomeçando a cada manhã.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A lenda

Ontem, sentada em frente a minha TV relembrando um dia que eu não estava viva para ver, senti meus braços vazios. Senti-me parte dos semblantes desolados, dos olhos inchados, dos incompreensivos. E me perguntava por que as pessoas que valem a pena sempre parecem morrer bem antes do que deveriam, sem ninguém para responder.

Eu gostaria de dizer que você permanece entre nós. Melhor, como eu gostaria que isto fosse verdade. No entanto, não é. Há trinta anos não vem sendo. Mas posso dizer que as sementes que você plantou vêm crescendo em corações que nem estavam prontos quando o seu parou. Eu imagino um mundo melhor sabendo que tudo que nós precisamos é amor; Você ensinou. Sermos orgulhosos sonhadores até que o mundo seja um.

Te desejo que onde quer que esteja e se estiver, que tenha encontrado aquilo pelo que lutou. Que tenha encontrado paz.

The rain on your skin...

Uma estrada longa que você não sabe para onde vai te levar. Uma moto, velocidade, o vento e risadas que escapam dos seus lábios sem que você possa argumentar. Se agarra mais a quem está na sua frente enquanto o vento em seus cabelos vai levando para longe todos os pensamentos, preocupaçõezinhas. E no peito, o coração explode por esta liberdade que não quer perder. Nesta pequena rebeldia a qual você se permitiu. Ali não existe sistema, não existe crescer, não existe cobrança... Só você e o vento. E desejar estar assim para sempre; Fazia tanto tempo que eu não me sentia tão bem...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Let's pretend

Nunca entendi sua necessidade de fingir, sufocar o que sou e o que acredito não vai me fazer mudar de idéia. Então por que tanto esforço gasto em me fazer aparentar o que não sou? Este é um teatro para os outros, porque não muda o que eu sinto aqui dentro.
Não vou ficar me matando por um sacrifício que eu não pedi e nem sei se aconteceu. Tenho minhas dúvidas sim, mas isto não quer dizer que eu vá dar a resposta mais idiota a elas. Como você pode afirmar uma coisa sendo que a dona das minhas respostas sou eu? E eu prefiro viver perdida em livros a estar perdida em ignorância e hipocrisia como você.
Por que ninguém é capaz de falar alto? Por que ninguém é capaz de admitir que o motivo para tudo isto é medo? Medo do inferno, medo da morte, medo do desconhecido. Me diga de verdade, onde você baseou o seu amor? Olhe para trás e diga, que grandes coisas foram realmente feitas para você? Eu não vejo nenhuma fada madrinha, vejo sangue, suor e trabalho.
E não me acho melhor ou pior que você, só porque não acreditamos nas mesmas coisas e também não vou tentar discutir com os dogmas implantados em seu cérebro desde o nascimento. Você pode questionar, não só a isto como a tudo. Não há nada que você precise fazer, são escolhas sua. Agir assim não é livre-arbítrio, é uma falsa liberdade. Porque você não é consciente a sua capacidade de dizer não. A não ser que seja para mim e para minha agnóstica espiritualidade.
Para você eu sou uma criança que ainda não sabe de nada e eu não estou aqui para dizer ao contrário. Tenho só 16 anos, o que eu posso saber da vida? Mas não venha querer responder minhas questões por mim, porque se eu não acreditasse em nada, eu não faria tanta questão de ir contra isto tudo.