sábado, 26 de março de 2011

Verdade

Este provavelmente vai ser um dos textos mais claros que estão por aqui. Talvez você vai se identificar com a situação então, para não deixar dúvidas, eu vou dizendo logo que é para você. Porque esta sou eu deixando claro na mesa as cartas que jogo e de que lado estou. Porque eu não sirvo para ser atriz e viver de atuações. Porque tudo que eu falei eu realmente achava, eu realmente desejava. Desejava o seu melhor e o que eu ganho em troco disto? Um bote pelas costas antes de ter feito nada.
Então você passou de alguém que eu considerava para mais um na corja dos que eu evito, quase abomino. Na verdade, não sei o que me fez te abrir a exceção sem desconfiar. Por fazer parte da vida de outro alguém talvez... E eu realmente não entendo seus motivos para agressões gratuitas, mas meu alívio é minha própria indiferença naqueles tempos. Indiferença que volta a partir de agora.
E ache idiota tudo isto, ache coisa de criança. Palavras não machucam e não é agora que elas vão começar. Mas ao menos saiba que você perdeu alguém que se importa. Ou melhor, se importava.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Amargo

Eu não sei o que esperava, sei que não é isto. Tenho o que preciso, mas ainda sinto aquela falta de brilho. Sem fotos, sem milhões de coisas. Só o básico. O básico que me dá tudo o que tenho direito, no entanto ainda o básico. Eu não gosto do básico. O básico me deixa sentir o amargo de uma vida sem cor.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tudo o que é deixado

Paixão. Paixão pelas coisas simples, inúteis; mas bonitas de se ver, de se ouvir. Paixão por coisas claras, ensolaradas, calorosas. Coisas que envolvem, movimentam, apertam, soltam. Paixão pelas coisas que fazem alguma coisa aqui dentro e nenhum sentido aqui fora. Paixão que não dá para descrever, nem explicar. Paixão que não é amor, que não é desejo, que não é carnal, que não é eros, que não é por homem, mulher ou coisa. Paixão que é vontade, saudade, curiosidade apenas. Paixão que é liberdade. Liberdade de sentir algo que não se sabe o que é, mas se agarrar a esta sensação enquanto se pode. Porque sem querer saber, se entende tudo naquele momento. Naquela pontinha de eternidade que se tem ali, no frio causado pela liberdade, pelo medo e por coragem. Sair invencível. Indecifrável, tanto quanto o sentimento que cresceu aqui.
Beleza na guerra, na terra, na juventude e no fugir dali. Viver outras vidas enquanto se dança esta música, sentindo outras almas passarem por si. Nesta alegria fomentada por medo, mas que cria paixão em mim. Entender que isto é recomeçar, tentar. Ver as dúvidas sumirem um pouco. E que ainda que não faça sentido para ninguém, faz sentido para mim. O risco de viver um sonho, ao invés de vê-lo morrer aqui. Levantar e ir.