As coisas estão bem confusas aqui dentro, muito mais do que o normal. Parece que quando eu avanço um pouco, ando para trás também. É isto ou aparecem muito mais degraus para caminhar. A conclusão é: nunca me senti tão fraca. Talvez eu soubesse disto desde o início e só estivesse escondendo. E, pelo visto, não escondendo tão bem assim já que pra quem olha bem é exatamente isto que parece.
Mas por quê? Esta é a pergunta que não sai da minha cabeça. Minha vida para muita gente seria tão moleza. Por que eu me sinto assim? Não faz sentido e isto me irrita. Como me irrita esta total falta de nexo e noção. O mundo é assim a maior parte do tempo. O que eu vejo, pelo menos.
As vezes é como se eu estivesse me afogando em minhas dúvidas e desordens. Não faz sentido. É tudo tão desproporcional... Abstrato e irreal. Eu preciso sair da minha cabeça, entrar no meu corpo. Aceitar, talvez. Negar muito mais, com certeza. Parece que eu estou girando, girando, girando; só que nunca em órbita. Um movimento estranho, enjoativo.
Não me sinto digna de sofrer por meu mundo quando há mundos tão mais tristes para chorar. E as vezes, eu só queria que alguém olhasse assim para mim também. Não que eu olhe para os outros esperando ser olhada de volta, mas seria legal reparar que alguém se importa. Instantaneamente vem aquele sentimento de incompreensão e solidão que ninguém nunca conseguiu preencher. Por favor, sem seres celestiais aqui. ... Então eu me sinto fraca de novo. Fraca, sozinha, incompreendida, tem como ser uma adolescente mais clichê? Ah não, não tem revolta. Na verdade, sou pura projeção. É, isto também me irrita.
Ai a vida vira uma coisa legal que só um grupo seleto foi chamado para participar. Um festa que meus amigos vão e eu não. Sinto, ouço, opino os sentimentos e impressões deles, mas não as minhas. Faz falta. Memória de nada, só mesmo as mesmas caras, mesmas rotinas empurradas/estabelecidas/impostas. Cansaço.
E o que eu quero? Eu já nem sei.
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