O que dizer? O que sentir? Finalmente está indo embora, mas dói tanto ver partir. Eu não consigo; Simplesmente não consigo abrir mão. É segurança, é doença, é quase certeza, sonho.
Eu estou crescendo e já não me cabe tanto fingir, ainda assim não consigo simplesmente esquecer. Deixar as coisas tomarem seu curso natural dói, amedronta demais. Isto me deixa tão confusa, tão ambígua. O que fazer afinal? Minhas paredes, minhas páginas, minha mente está tão cheia de conversas e vidas irreais que as vezes eu chego a acreditar que um dia você realmente esteve aqui. Ou mesmo, que um dia você estará.
Estou precisando de verdade, eu sei, mas ela não existe. E tem sempre aquele "por que não?" no fundo que eu nunca consegui calar. Então eu fico pensando e vendo tudo escapar aos poucos. Só que eu não consigo deixar ir. É como se a maior parte de mim fosse também. Como se o vento da memória que o leva, levasse também parte de meu coração, da minha alma, e este sim seria um dano irreparável. Mais irreparável do que esta obsessão que ainda existe em mim.
Há tão pouco para dizer agora... Eu só preciso carregar mais alguns sonhos nos olhos.
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