domingo, 9 de dezembro de 2012

Síndrome

A gente é velho e usa palavras de ontem para tentar predizer o amanhã. Somos nós os utópicos. Ou iludidos, porque diante de todas os fatos ainda não conseguimos ver. Vai ver apenas confusos. Vamos tentando nos ajeitar a moldes que já não nos cabem.
O futuro é colapso, o presente é caos e o passado é frio. No que confiar, que caminhos seguir? Murmuramos cantigas antigas, de letras esquecidas e que faltam ao contexto. Mas lembramos e somos o máximo. O sistema não cai porque o sistema é você. E o sonho, amigo, o sonho acabou. Não é irônico que o dragão vermelho carregue o dinheiro? Aquelas dez pilas que você gastou na camisa do Tche.
É daí que sai o silêncio. O silêncio destes que vão pelas ruas entoando hinos em vão. Não que não seja válido, mas em nome de quê? Não é que eu seja burro, marionete ou qualquer coisa, eu só não vejo por quê. E, fale a verdade, nem você. Caminhamos num sistema sem solução.

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