As mãos frias do medo já não apertam minha garganta. Não é como antes, a decisão me assombrando, me mantendo acordada a noite, me banhando em ondas frias. A ansiedade faz meu coração bater mais forte, a insegurança me mantem acordada e só. Eu digo que estou decidindo, mas sei que no fundo a decisão já foi tomada por mim. Com medos e incertezas, arrumo as malas e vou.
Engraçado como no plano nas ideias tudo é tão mais sereno. Na minha cabeça, há um ano atrás, se algo como isso acontecesse seria simplesmente o tempo de empacotar as coisas e dizer adeus. Não é assim na prática. Não seria nem mesmo se fosse assim desde o início. Mudar dói. Mudar custa sacrifício. Mudar significa sair da sua zona de conforto. Mudar significa dar a cara tapa agora e tentar tudo de novo.
Novo lugar, novos amigos. Antigos medos que se mostram novamente reais ao bater em minha porta. Acho que eu cresci e por isto preciso tentar. Acho que preciso tentar para crescer. Só sei que não acho que dá para viver a vida somente no seguro e conhecido. É mudando que se evolui.
Então ao ver a estrada aberta, limpo os olhos e sigo em frente. Eu finjo coragem, finjo até que realmente sinta. Tantos tentaram antes de mim e poucos morreram por isto. Rezo no fundo da mente que eu faça boas lembranças no caminho.
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