sábado, 28 de fevereiro de 2015

Quando te vejo desafiar os enigmas do espaço tempo. (Tu és ontem hoje amanhã). Tomar  teu martelo e cravar o mármore; o bloco frio e desforme que por tuas mãos ganha beleza. Então, tal qual Michelangelo, desnudar a carne humana, libertar o anjo que para ti sempre estivera ali. Tomar esta língua, conjunto amorfo e ordinário de repetições, desvendar o abstruso elementar e fazer sentir. A pedra fria torna-se carne sob meus olhos. O pixel ultrapassa a tela, ganha pulso e bate. Um soco, um sopro, uma sinapse, uma contração. 
Minha própria voz falha. De tantos ouvidos, muda. Minhas palavras são balbucios. Meus desenhos mãos e olhos. Tu és espelho, e eu estetoscópio em minha estúpida imitação. Professum (e assim sinto,) para sempre alumnié

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