quinta-feira, 5 de julho de 2012

Destopia.

Os gritos são eco de um passado. Da minha janela, assisto a procissão de meninas nuas. E o que dizem, eu não entendo. Não é uma língua estrangeira, é o silêncio. Porque não há causa senão causar. Me explique, querida, suas propostas. Se é que você as tem.
O problema é que tudo parece muito forçado. A alternativa foi por água abaixo e a tentativa parece opressão. Porque você carrega os seus livrinhos, porque você quer se separar da massa burra, então vamos declamar por aí nossos falidos discursos vermelhos. Vamos falar, mas não entender ou fazer, revolução. Nós nem entendemos o que vivemos, os ventríloquos que somos.
Segue o silêncio. Segue a mentira. Cresce a desilusão.

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