domingo, 29 de julho de 2012

O baú, a máquina e o mistério

De vez em quanto a vida atola. Acho que eu estou assim de novo. Folheando o livro para trás e para frente, enrolando um pouco no monólogo chato do agora. Não sei se é coisa que eu aprendi na terapia, sei que estou tentando em tudo. Entre mortos e feridos, é eficiente nos estudos.
Acho triste perceber o bege amargurado de tudo. Dos poucos anos de olhos perdidos numa doutrina sufocante aos dias de copos de coragem. Ainda não descobri o que falta, mas até acho que estou um pouco mais feliz. Só sei que hoje não sou nem um pouco o que esperava ser ontem e isto me dá esperanças para o amanhã.
A miopia dos olhos funciona pra alma e eu não coloco os óculos para ler meus próprios avisos. Continuo seguindo a vinte quilômetros por hora e lá fora, a velocidade da luz. De vez em quando, o susto das batidas me acorda e eu tento seguir mais um pouquinho, mas depois me contento que nasci para ser assim. O que é legal quando se é Woody Allen, Schopenhauer ou Bukowsi. E fica bem mais chato e menos poético quando posto a prova.
No entanto, será que adianta mudar? Mudei tantas vezes e continuo a mesma. Ainda assim, tão diferente. Pensar no caso arrasta perguntas e histórias para quais ainda não achei resposta. Nem acho que vá achar. Vou seguindo em marcha lenta para depois ver no que dá.  

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