quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

When I let it sink in
The weights of whens and ifs
I can feel my skin bursting under it
Some smashed fruit on some dirty ground
Bugs crawling all over it
Feasting over death. 

All the disquiet of the world screams to me
The shakes, the jitters, the shivers
Swiping the floor of my feet
And leaving me hanging
All there is are pangs.
Again and again. 

And all the lips seems like laughs
And all the hands seems like punches
They are ready to take me down
They want to watch me fall
And I’m on the verge of it. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

I keep tying my heart with ribbons of green and blue
I tie them tight
Until it's hard to beat

So it lies there
Swollen, numb and useless
Throbbing
Trying so hard to be appealing
But not feeling at all.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Está quieto. O seu coração, seus olhos, seus braços, seu sorriso, sua dor. Tudo está em silêncio. E eu tenho medo de rompê-lo para dizer que você se foi, porque todas as vezes que as palavras deixam meus lábios o vazio fica mais concreto. A saudade aperta um pouco mais. É tão mais fácil fingir que estamos como sempre a um fim de semana de distância.
Te lembro nas pequenas coisas. Um brinco, um costume, um voto, um doce de coco. Tenho falta das pequenas coisas. Um abraço, um beijo, passar na sua casa antes de sair e ver se a senhora aprovava o meu figurino, de imitar os cultos da igreja com meus primos quando era criança só para a senhora ver. Tenho falta de conversar meus sonhos e objetivos, de sentir a senhora ali sonhando comigo. Mais que tudo, eu queria a senhora do meu lado para ver estes sonhos realizados.
Algum tempo se passou e eu ainda não sei descrever a dor da falta. Ligar para casa e não ouvir mais sua voz. Chegar em casa e não te ter ali. Ver algo que a senhora iria gostar e não poder mais te dar. Toda vez é te perder de novo, te perder mais um pouquinho.
Agradeço pelas lembranças. Do seu sorriso, da sua voz, do seu abraço. Agradeço por ter tido o privilégio de ser sua neta. Agradeço por ter tido o privilégio de aprender com você. Aprender a ter garra e coragem para correr atrás do que eu quero.  Aprender a ter fé. Aprender que a família, ainda que não perfeita, é a coisa mais preciosa que a gente tem.
Em dias como hoje, vó, quando a saudade bate forte, são dias em que eu preciso acreditar que daí do lado de Deus a senhora consegue me ouvir dizer que te amo.  Porque eu te amo muito, vó, e sinto a sua falta mais do que eu consigo explicar ou transmitir. Acho que nunca vou saber lidar com a despedida do físico, mas para sempre te levo comigo no meu coração e na minha alma. 
Eu te amo, vó. E, não importa a distância de mundo ou de plano, isso nunca vai mudar.  

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Amor,  seu cheiro está na janela. Uma brisa calma e um tabaco usado por qualquer um, mas que para mim é seu. Só não sei se é fumo ou saudade isso que me aperta o peito.
Amor, os dias já foram melhores. Hoje os sonhos pesam e eu já não sei o que eu quero. Nada parece no lugar e a existência anda fria.
Eu lembro de você todo dia; queria mesmo era viver em você. Acho que assim eu gostaria um pouco mais de mim. Queria viver no ontem. Eu queria estar bem.
Por enquanto, brisa e duvida. Imagino o mar por detrás dos prédios e você em algum lugar ali. Um convite que nada mais é que silêncio e ainda assim grita em mim.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Um jardim árido

I grew it on me.
However, the clock is ticking.
Those fingers pushing from within
Trapped into this cage of bones
Trying so desperately to be seen past this rotten flawed flesh

All this beauty
The softness that I could never give
Smothers me (smothers me so sweetly)
I swallow your cotton down my throat
I keep gasping for air

All this beauty
That I could never keep
Cherish
Receive
It runs away and leave me damaged
Craving for something that never was.

Still…

I grew it on me.
The hope
The hunger

I grew it on me. 

sábado, 26 de julho de 2014

I love you
And I miss you dearly.
I miss your ground that guide me out of a dull existence.
[I never truly existed before you;]
Actually, I am afraid I cease to exist whenever you are gone.
You are in my mouth
My tongue                             
My thoughts
Myself.

Nevertheless, we are the ones that can never be.
 There is an ocean, a mountain and a river between home and myself.
There are papers and plans and stamps and ties and colours and life itself.

However, I am forever afraid that I will never be until we are again.

[Even so, I am forever sad that even forever would not be enough]. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Labirinto

No início, matriz e primeira. Ali: invisível, ordinária e monótona. Uma compilação de rotina, frustração, palavras e devaneio que submerge sem nunca encontrar fundo. Vai sem razão, sem paixão, sem vida, arrastado pela correnteza como pedra morta no vazio infinito do que poderia ser. Afunda ainda com esperança de estar sobreaguando ao inundar. 
Paralelo, brilha uma outra vida cheia de cor e vazio. Náiades louvam seus encantos, cantam sobre promessas que foram realidade. E você dança sobre a pálida luz de dias que duraram anos, ao som de uma alma singular e lúdica. Mas você não pode nadar neste rio... E um gole d'água parece tão pouco. A garganta arde e queima, certas vacâncias que a seiva não consegue calar. Durou uma canção. Estes foram seus mais adoráveis cinco minutos.
No meio e a frente, em tímida companhia caminha equilibrista. O que foi, o que é, o que será. Oscilando novamente entre o ontem e o amanhã, entre o amanhã e o nunca. Sou a teia, o inseto e a aranha. Incerta e insegura, caio cada vez mais em minha própria emboscada. Poderia ser real, se real fosse suficiente. Quem quer trilhar de novo seus passos remotos e omissos? Não me incomodo de calçar sapatos que não são meus e dizer que cabem, não fosse o risco de escorregar. O precipício, quatro olhos negros, cravados em meu medo de apenas ser. A teia é um vício. A teia é um vício porque o concreto nunca foi suficiente. As náiades doces... A amarga distância. A morte iminente. Viver: como e aonde?  

domingo, 22 de junho de 2014

As rachaduras não se vão, eu as sinto pulsando atrás do gesso. Uma batida oca e assustadora na porta que não é obstáculo a transpor, batem por educação e me assombram a vontade. Já não sei se foram algum dia conjuradas, tenho certeza que vou as ver quando abrir os olhos. A poeira que se varre para debaixo do tapete ainda está ali. Ainda está ali. Não dá para colocar numa capsula, engolir e dizer que foi embora. Algum dia vai embora? Para sempre encarando a represa, seu concreto molhado e frio. No topo da muralha, olhando o falecido inimigo levantar-se ainda mais difícil de matar. Seu hálito gélido é sutil parte de minha respiração. Sem o suspiro, estou mais forte ou menos eu?   

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Me afogando em lama. Pisando e afundando as botas, abaixando e mordendo a terra, engolindo sua textura mole sem deixar sobrar. Consumindo merda. Pilhas de palavras que não acabam de dizer nada e a mesma coisa. Eu sinto meu cérebro contrair-se e deixo estar. Morrendo para entreter, tão entediada quanto alguém pode estar.
Inteligente para estar, rude para mudar. Nunca equilíbrio ou antes prepotência? Nervos de chaleira quente prontos para chiar. Qualquer pingo d'água é a última gota. De certa forma, aquela pessoa que sempre amei odiar. Medíocre. Quando o grande desafia, ponha-se abaixo do seu lugar.
Enjoo, medo de altura e de se confinar. Medos e cansaços que deixam a visão turva e enxergam errado o reflexo do espelho que não se põe em seu lugar.
Sinto tudo retrocesso. Não basta só reconhecer o erro, tem que se parar de errar.   

quinta-feira, 27 de março de 2014

My[(our)] heartbreak remix

(...)
I didn't ask for this pain it just came over me
(...)
I'm so surprised you want to dance with me now
I was just getting used to living life without you around
I'm so surprised you want to dance with me now
You always said I held you way too high off the ground
You didn't see me I was falling apart
I was a white girl in a crowd of white girls in the park

You didn't see me I was falling apart
I was a television version of a person with a broken heart
(...)
You said it will be painless
The needle in a doll
You said it will be painless
It wasn't that at all

(...)
Oh, but your love is such a swamp
You're the only thing I want

And I said I wouldn't cry about it I
(...)
I won't be vacant anymore
I won't be waiting anymore

(...)
Jenny I am in trouble
Can't get these thoughts out of me
(...)
Baby you gave me pain and tears
Baby you left me sad and high


(Pink Rabbits e This Is The Last Time - The National)

domingo, 16 de março de 2014

O tempo passa, ainda te amo. Eu um dia me iludi que fosse acabar, mas fica. Se eu pudesse escoar para letras e depois queimar, deixar ir, eu o faria. Deus sabe como tentei. Essa obsessão é teimosia. Não morro, não vou embora. Eu Tântalo - te vejo, te desejo, qualquer pouquinho de você. Só para definhar na impossibilidade de ser.
Ainda assim, esperança. É mais fácil me convencer o utópico que me condescender a realidade. Talvez eu só sonhe demais. Talvez otimista de menos.
Tudo o que sei é que no meio da dança arrítmica do meu coração, é você quem ainda toca a música. E eu, já para lá de enjoada, para lá de cansada, perduro na dança de te ver distante e amargar por dentro. De escolher errado porque, dentre outras coisas, antes de tudo escolhi você. Por quê? Tudo porque eu queria conjurar este amor.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Os buracos na estrada dos tijolos amarelos

As vezes nós erramos pelos motivos mais tolos. As vezes, nem bem errar, mas só se prestar ao desnecessário e/ou acessório. Perdi as contas de quantas vezes caí nesta rede e, ainda que já não as saiba contar, meu cérebro se encarrega de repeti-las como se gostasse de me infligir o embaraço de revê-los, erros de ontem ou de anos atrás.
E, no entanto, não me arrependo. Não, desta culpa não morro. As vezes, olho para trás e não me reconheço, mas tudo bem porque já não sou aquela quem jaz ali. A gente muda, a gente cresce e, se foi aquele caminho qual me trouxe aqui e me guiou a hoje, como desejar que ele não existisse? A estrada dos tijolos amarelos está mais para alguma BR - alguns buracos, alguns trechos bons, eventuais pedágios e engarrafamentos. Mas como apreciar os bons caminhos senão tendo passado por piores? E ainda, a estrada e a vida são minhas e são belas, apesar de suas curvas e inconstâncias. 
Não me arrepender hoje não quer dizer repetir os mesmos erros amanhã. Não me arrepender hoje é assumir meus desvios e aprender com eles. Nunca deixei de fazer algo que quis, porque isso sim seria uma grande perda. O resto é estrada e história, seja para lembrar com um sorriso ou tentar perder no tempo. 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Sem peso

A coisa mais linda de se carregar em malas é a vontade de aventura e um bocado de saudades. Memórias para ir e reminiscências para as quais voltar. E tudo de novo, cada vez mais cheio e cada vez com mais lugar.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Fantasma

Eu não preciso que você ou qualquer um me diga que não te amo. Eu sei que, seja lá o que amo, está em minha cabeça, não em você. O problema é que não vai embora. Não morre, não sai daqui.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Jukebox

I see you rushing now
Tell me how to reach you 
I see you rushing now 
What did harvard teach you?

(Sea of Love - The National)