sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Let's pretend

Nunca entendi sua necessidade de fingir, sufocar o que sou e o que acredito não vai me fazer mudar de idéia. Então por que tanto esforço gasto em me fazer aparentar o que não sou? Este é um teatro para os outros, porque não muda o que eu sinto aqui dentro.
Não vou ficar me matando por um sacrifício que eu não pedi e nem sei se aconteceu. Tenho minhas dúvidas sim, mas isto não quer dizer que eu vá dar a resposta mais idiota a elas. Como você pode afirmar uma coisa sendo que a dona das minhas respostas sou eu? E eu prefiro viver perdida em livros a estar perdida em ignorância e hipocrisia como você.
Por que ninguém é capaz de falar alto? Por que ninguém é capaz de admitir que o motivo para tudo isto é medo? Medo do inferno, medo da morte, medo do desconhecido. Me diga de verdade, onde você baseou o seu amor? Olhe para trás e diga, que grandes coisas foram realmente feitas para você? Eu não vejo nenhuma fada madrinha, vejo sangue, suor e trabalho.
E não me acho melhor ou pior que você, só porque não acreditamos nas mesmas coisas e também não vou tentar discutir com os dogmas implantados em seu cérebro desde o nascimento. Você pode questionar, não só a isto como a tudo. Não há nada que você precise fazer, são escolhas sua. Agir assim não é livre-arbítrio, é uma falsa liberdade. Porque você não é consciente a sua capacidade de dizer não. A não ser que seja para mim e para minha agnóstica espiritualidade.
Para você eu sou uma criança que ainda não sabe de nada e eu não estou aqui para dizer ao contrário. Tenho só 16 anos, o que eu posso saber da vida? Mas não venha querer responder minhas questões por mim, porque se eu não acreditasse em nada, eu não faria tanta questão de ir contra isto tudo.

Um comentário: