terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quotes

Eu acredito muito pouco nos compromissos, eles deixam de existir quando deixamos de acreditar neles.

Mas a vida continuava a ser vida, sempre e de qualquer forma.

Para mim é difícil ser de alguém, não sou nem de mim mesma.

Tem dias que não sei se devo parar de respirar definitivamente ou se fico em apnéia durante todo o tempo que me resta.

O fato de nunca ter feito não quer dizer que seja errado.

O amor, o que procuro desde sempre, às vezes me parece tão distante, tão diferente de mim...

Mas então, por que sinto tanto medo?

Será que um dia vou conseguir retribuir toda essa beleza?

(Todos de "Cem escovadas antes de ir para cama" - Melissa Panarello)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Veneno que eu tomo querendo que o outro morra.

Sentada aqui, sinto tanto ódio que não sei mais discernir de que. Se é de você, se é de mim, se é deles... Mas acho que é de você. Por me fazer sentir miserável, pouco, não o bastante. Já desisti de me perguntar o por que desta necessidade de agradar, a resposta é esta. E no final eu descubro que te odeio. Te odeio com todas as forças que tenho em mim. Até sem razão. Só não deixo de odiar por isto. Você me arrasta para o meu maior temor e eu te odeio.
E falar isto libera um pouco do ódio, embora não vai ajudar em nada. Porque depois vai ficar tudo bem. Vai tudo para caixa forte de novo, até eu não aguentar e covardemente vazar em lágrimas. E então eu me pergunto por que me submeto a isto tudo, a mesma resposta. O ódio cresce. Eu não preciso disto, mas estou aqui. Infla. E as cobranças, risadas, escárnios sem ligar. Explode.
Não era amor, era cilada. Não era amizade, era nada.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Música.

Umas notas juntas. Uns acordes num ritmo. Uma voz acompanhando a melodia. Pulsa o coração, fecham-se os olhos, balança o corpo, esvazia-se a mente de receios para enchê-la de memórias e pequenos futuros...
Você sorri, você chora, você brinca, namora, sua, soa. Uma pequena vida com trilha sonora. Ver você mesma como um filme dentro da sua cabeça. E dançar. Não ligar. Não se arrepender. Sorrir ainda mais e deixar viver sem medo, sem preocupação. Correndo de sim e não. Aqui e agora, embalada pelo ritmo, pelo sorriso. Sem verdade, sem mentira, sem ídolo e ideologia. Vivendo a noite em slow motion. Abrindo os olhos e recomeçando a cada manhã.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A lenda

Ontem, sentada em frente a minha TV relembrando um dia que eu não estava viva para ver, senti meus braços vazios. Senti-me parte dos semblantes desolados, dos olhos inchados, dos incompreensivos. E me perguntava por que as pessoas que valem a pena sempre parecem morrer bem antes do que deveriam, sem ninguém para responder.

Eu gostaria de dizer que você permanece entre nós. Melhor, como eu gostaria que isto fosse verdade. No entanto, não é. Há trinta anos não vem sendo. Mas posso dizer que as sementes que você plantou vêm crescendo em corações que nem estavam prontos quando o seu parou. Eu imagino um mundo melhor sabendo que tudo que nós precisamos é amor; Você ensinou. Sermos orgulhosos sonhadores até que o mundo seja um.

Te desejo que onde quer que esteja e se estiver, que tenha encontrado aquilo pelo que lutou. Que tenha encontrado paz.

The rain on your skin...

Uma estrada longa que você não sabe para onde vai te levar. Uma moto, velocidade, o vento e risadas que escapam dos seus lábios sem que você possa argumentar. Se agarra mais a quem está na sua frente enquanto o vento em seus cabelos vai levando para longe todos os pensamentos, preocupaçõezinhas. E no peito, o coração explode por esta liberdade que não quer perder. Nesta pequena rebeldia a qual você se permitiu. Ali não existe sistema, não existe crescer, não existe cobrança... Só você e o vento. E desejar estar assim para sempre; Fazia tanto tempo que eu não me sentia tão bem...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Let's pretend

Nunca entendi sua necessidade de fingir, sufocar o que sou e o que acredito não vai me fazer mudar de idéia. Então por que tanto esforço gasto em me fazer aparentar o que não sou? Este é um teatro para os outros, porque não muda o que eu sinto aqui dentro.
Não vou ficar me matando por um sacrifício que eu não pedi e nem sei se aconteceu. Tenho minhas dúvidas sim, mas isto não quer dizer que eu vá dar a resposta mais idiota a elas. Como você pode afirmar uma coisa sendo que a dona das minhas respostas sou eu? E eu prefiro viver perdida em livros a estar perdida em ignorância e hipocrisia como você.
Por que ninguém é capaz de falar alto? Por que ninguém é capaz de admitir que o motivo para tudo isto é medo? Medo do inferno, medo da morte, medo do desconhecido. Me diga de verdade, onde você baseou o seu amor? Olhe para trás e diga, que grandes coisas foram realmente feitas para você? Eu não vejo nenhuma fada madrinha, vejo sangue, suor e trabalho.
E não me acho melhor ou pior que você, só porque não acreditamos nas mesmas coisas e também não vou tentar discutir com os dogmas implantados em seu cérebro desde o nascimento. Você pode questionar, não só a isto como a tudo. Não há nada que você precise fazer, são escolhas sua. Agir assim não é livre-arbítrio, é uma falsa liberdade. Porque você não é consciente a sua capacidade de dizer não. A não ser que seja para mim e para minha agnóstica espiritualidade.
Para você eu sou uma criança que ainda não sabe de nada e eu não estou aqui para dizer ao contrário. Tenho só 16 anos, o que eu posso saber da vida? Mas não venha querer responder minhas questões por mim, porque se eu não acreditasse em nada, eu não faria tanta questão de ir contra isto tudo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Simplesmente amor

Amor, doce amor. Procurado amor. Achado bruto em corações humanos, colhido de forma simples, paulatinamente, pacientemente construído e arquitetado ou simplesmente abrupto, feroz, despertado rudemente com a unica intenção de olhar nos olhos de outro e perder-se de você. Então já não se procura o espelho para se achar-se, porque já não se é mais inteiro. Se é parte de um todo. E por mais incomodo que isto pareça teoricamente, o andar nas nuvens que propicia, os sonhos que vende, a emoção que dá faz valer apena. As borboletas subindo pelo estômago e fazendo todo o corpo voar...
Então é quente, é urgente, é arrebatador. Arde no peito e é impossível esperar mais um pouco para encontrar o único remédio para tal inquietação. E vão torpedos, ligações, mensagens instantâneas... E hajam filmes, lugares, comidas, escolas e motivos para se encontrar. Cresce tanto que parece que não cabe no peito, ressurge feroz como um vulcão adormecido a simples troca de olhar, escorrendo lava sobre todo seu corpo ao sentir o toque, o gosto, o cheiro. Ao senti-lo ali, vai tomando forma, vai ficando sólido, vai amadurecendo, empalidecendo, mas permanece.
Permanece imaculado, mas já não é o mesmo. Está frio, ordinário, e ainda assim é belo. Porém chega o dia, que um descuido esbarra, que a gravidade age, que num momento de raiva desistimos dele e o jogamos ao chão ou que num momento de distração o deixamos escapar de nossos dedos e nada podemos fazer além de encarar estupefatos enquanto ele caí ao chão, partindo-se em milhares de pedaços.
Pedaços, memórias, beijos, abraços. Pedaços que já não se fazem mais inteiros. É quebrado, partido, arruinado, falido, ainda é belo aos fragmentos. São milhares de pedaços pelo chão e duas pessoas que seguem cada uma para seu lado, construindo e destruindo muitos amores mais. As vezes se odiando, as vezes conciliando, as vezes simplesmente aceitando que não deu, mas cada uma partindo novamente para o amor. Porque este não é ponto de chegada, não é o final; é estilo de vida, é contínuo, mesmo nos que nunca acabam... Amar é viver e viver é amar, o par perfeito em junção perpétua. E como disse Renato, o resto é imperfeito.

sábado, 6 de novembro de 2010

Meu amigo imaginário

Um dia eu estive triste porque os problemas que me cercavam era mais do que eu conseguia aguentar, olhar ao redor não ajudava pois meu mundo estava todo de pernas para o ar. Então você chegou e nunca mais saiu daqui, proporcionando-me os mais lindos sentimentos e as mais frias decepções. Talvez eu tenha errado na dosagem de amor, mas não foi proposital. E por mais que as vezes eu queira me livrar disto, amar você é me sentir em casa. Tirar os sapatos, me jogar na poltrona e fechar os olhos sabendo que o terreno fictício que estou pisando é seguro, aconchegante e conhecido.
Meu erro foi ter me apaixonado por você, mesmo quando você só existe na minha cabeça. Um erro que eu gosto tanto de me perder... Uma vez minha amiga disse que antes de me conhecer de verdade, me olhava e pensava "que maluca" pelo jeito que me sinto sobre você. É exatamente assim que eu me sinto: completamente irracional.
Talvez o pior de tudo isto seja não me lembrar como era antes ou não conseguir projetar um depois, saber que você existe só que não está aqui e nem nunca vai estar. Ainda assim, eu não consigo parar de me sentir do jeito que me sinto toda vez que te ouço/vejo/leio. Um pedacinho de você se perdeu em mim e vem me fazendo em partes.
Meu amigo imaginário, é sempre tão ambíguo te ter aqui.

sábado, 30 de outubro de 2010

Zombie

Sou figurada e figurante nesta história angustiante que todos insistem em seguir. Assistindo as pessoas vestindo suas mentiras e despindo suas almas, mas nunca deixando de fingir. Não me sinto envergonhada de achar que é mentira, pois senão fosse ninguém precisaria repetir tanto, questionar tanto, debater tanto, declarar tanto, idealizar tanto. Todos permanecem falando e falando, mas não faz sentido porque você não sente isto. Abraços, beijos e palavras sem valor.
O medo de ficar sozinho te faz ceder a qualquer um. Sem ódio, sem medo, sem amizade, sem amor. A questão para mim não é qual sentimento, mas fazer sentir. É tudo tão superficial que não nos permite nem a isto. E vamos ficando com o muito pouco... Vai sobrando quase nada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Closer to the edge

Isto começa na berlinda, no fim, a partir do ponto 6, da reflexão de um filme, da comparação com a vida, da compreensão que eu finjo ter de tudo e todos. Começa na coragem que eu não tive de continuar ou na fé que eu tive em perseverar. Coragem que tiveram sob a lua, sob remédios, sob fumaça, sob circunstâncias estranhas que eu não tive perante a lâmina. Fé que me fez continuar a ser concreta nesta realidade, sem que ela fosse um desdobramento, sabendo que em algum lugar não foi assim. Compreendendo quem esteve na berlinda, porque eu cheguei perto da borda, só não cedi a ela.
Sabe, assusta hoje saber que eu poderia não estar aqui. O quanto desejei isto e a que ponto eu cheguei. Como eu disse um dia, cercada de luz eu fiquei cega. O paradoxo de se sentir mal quando deveria sentir-se bem, cercada de amigos e pronta para a salvação. Eu nunca senti nada disto e continuo não sentindo, mas estou em paz. Em paz comigo, com o meu espírito, com meu eu.
Conversando com uma pessoa um dia, ela me disse que o que nos faz agir assim é conhecermos a verdade e renegarmos a ela. Não concordo. Afinal de contas, o que é a verdade? A sua é diferente da minha, baseado em que ela seria melhor? Etnocentrismo, controle do pensar e teorias controladoras de massas implantas e pregadas de geração e geração... Eu não concordo e aceitei a mim mesma neste não concordar. Foi vital para minha sobrevivência.
Não estou dizendo que para todo mundo se tratam dos mesmos problemas, estou falando do meu caso em grande parte. Em suma, só quero explicar para mim mesma a dor que sinto quando ouço sobre um suicídio. Dói porque eu conheci parte do processo que leva até lá e creio que o caminho machuca bem mais que o fim. Porque o fim é inevitável, voluntária ou involuntariamente, estamos cada segundo mais próximos dele; Da unica certeza, do cem por cento de chances.
No entanto, ainda que o fim seja inevitável, a diferença que se faz entre o início e o fim é vital. Porque tudo o que tiver de ser feito por você, ninguém vai fazer igual. Porque tudo que tiver de ser vivido por você, ninguém vai viver igual. Porque é preciso acreditar no amanhã e nas coisas melhores que ele trará. É mais que necessário respirar fundo e ser a mudança que você quer ver. Não vai mudar o mundo, mas vai mudar você, vai tocar alguém, vai deixar sua marca discreta e indescritível nesta Terra como ninguém deixaria igual.
Em memória de todos os que um dia chegaram a tal ponto de desesperança, eu desejo fé a cada ser que respira. Fé que o amanhã será melhor que o hoje, trará mais que o hoje; Fé em si, fé no mundo, fé no cosmos... Fé em Deus, em todos eles.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Amostra grátis

A casa estava vazia, exceto por mim. A única luz que me iluminava era a pálida iluminação da rua que passava pelas janelas formando sombras fantasmagóricas nas paredes e cantos. Era minha última noite aqui, esperava-se que eu estivesse nervosa, planejando o amanhã, mas tudo que eu pensava era em você.

Na minha frente estava à caixa onde eu guardara tudo que era significativo para nós, abri-a com um sorriso e lágrimas se formando no canto dos olhos. Um conto de fadas descrito por cada objeto, no entanto sem um final feliz. Mas no fim, não há finais felizes apenas paramos de contar a história onde é interessante. Não há finais felizes porque todos nós morremos. Cedo ou tarde, seremos separados por algo que não podemos controlar e tudo que restará é dor e falta. Infelizmente, para você - para nós - foi cedo. Cedo demais; Você foi tirado de mim e tudo perdeu o sentido.

A morte não é algo simples. A morte está em tudo, em cada detalhe, onde quer que eu preste atenção. A cada lembrança, a cada vez que eu acordo e você não está ao meu lado, a cada vez que procuro a sua mão para achar segurança e encontro o vazio, é a morte se repetindo. É a dor da perda me corroendo de novo e isso não é algo com o qual você se acostume. Por muito tempo não pude entender o sentido da sua partida e estaria mentindo se dissesse que o entendo agora. Culpei os céus, a você, a mim, ao mundo... Mas no final ninguém tinha culpa e a saudade continuava implacável em meu peito.

Muitas vezes prometi não abrir mais esta caixa, ciente de que não me fazia nenhum bem relembrar uma vez que só traria mais falta. No entanto, a idéia de deixar de lado me fazia pensar que eu estava esquecendo você e isso doía mais do que tudo. “Deixa de existir quando some tudo que o representa”, eu não deixaria você sumir. Então mantive o seu amor vivo em mim, mantive aqui nossas lembranças e me consolei na idéia de que assim você ainda estava aqui em algum lugar. Quando as noites eram muito frias, quando o medo me corroia, tudo que eu me lembrava era de você. Podia sentir você aqui de novo e, de certa forma, as coisas ficavam mais fáceis mesmo que depois eu tivesse que enfrentar a verdade.

Observei a caixa a minha frente, vendo pedaços da nossa vida refletida ali e lançando-me no exercício das lembranças mais uma vez. Talvez pela última vez.


P.S.: Então, estes são os parágrafos iniciais de um conto que eu estou escrevendo e quase terminando. Não sei por que, mas deu vontade de dividir. Espero que gostem.

Little things

-Você está disposto a sangrar pelo que você deseja?
-Sangue dói menos que lágrimas.

-Você está sendo idiota!
-Eu sei... Eu me sinto idiota. Mas caramba, este é meu sonho!
-Bem... Então eu não te culpo.

-Indecisa, confusa, frustrada...
-Você nem sempre tem que sobrepor sua mente ao seu coração.
-Mas...
-O que você tentaria se não tivesse medo? Nada é impossível, Charlie.

-Somos infantis.
-Somos só crianças mais altas. Todos nós.

Diálogos com si mesma são sempre conversas tão solitárias.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desejo

Eu queria você aqui. Eu queria seus braços ao redor do meu corpo enquanto nós conversávamos besteiras ou não. Eu queria poder compartilhar com você as coisas que eu não permito ninguém mais ver. Eu queria sentir de novo meu coração bater forte, borboletas no estômago e as mãos suarem ao ver seu sorriso. Eu queria ser um ponto de segurança para você, assim como queria que você fosse o meu. Eu queria poder entrelaçar meus dedos nos seus de forma tão intrínseca que conectasse nossas almas. Eu queria que você me desejasse. Eu queria chamar sua atenção. Eu queria causar sua preocupação. Eu queria você olhando para mim, porque eu estou aqui. Tudo que eu só queria era você e eu, simples assim.
Mas este verbo nunca sai do pretérito imperfeito.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Segura essa

Eu te amo. É estúpido, idiota, errado, inconseqüente e inconcebível, mas é real. Você é real. Sem aperfeiçoamentos, nem edições mentais. Você por inteiro é amável, sempre foi. Com estilo, jeito e até gosto musical.
Engraçado que foi você quem eu sempre escondi.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ops.

Não sei por que, mas agora - tão fora de contexto - você voltou. Em toda sua complexidade e arrastando uma novela a mais. Porque se antes era certo o amor, hoje já não se tem certeza. E como tudo isso fica deste jeito agora? Você não é opção, é dúvida e eu tenho medo disso. Não por mim, por gente que pode se machucar no meio do caminho e os danos serão irreparáveis. Eu entendo o motivo de esconder.
Poucos minutos antes de entender com o que estamos realmente lidando, eu estava pensando. Não da mesma forma, mas pensando. Recitando mpb e respondendo a minhas próprias questões sem precisar da explicação de terceiros, mas depois de tudo há muito mais a considerar. Não para mim, é claro. O caso aqui nunca fui eu, nem nunca será. Caí nessa história sem nem ser chamada e agora tenho que lidar com as conseqüências... Conseqüências particulares que diante de tudo, sinto grata de ter. Se você arrasta novelas, eu arrasto meu drama privado. Iris.
Estranho tudo isso se passar e alguém não ver quando para mim está tudo tão claro. Cresce o desejo de ter a ilusão de novo enquanto me sento e espero os próximos capítulos. Eu estou agradecida por não estar envolvida? As proteções contra furacão estão erguidas na parede.

p.s.: não tente entender.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

When there are no words...

"Eu apenas comecei a trabalhar minha mágica, no entanto parece que eu estou perdida no mar. Nossas esperanças se tornam maiores agora, a cada hora a maré fica mais alta, mas sempre quase além do meu alcance. (...) Se eu apenas pudesse manter as musas sorrindo, nunca duvidando, eu estaria valsando num sonho sem fim. (...) Mas eu não consigo aguentar o pensamento de perder toda essa beleza que eu prometi nunca deixar ir.
Ficando sem tinta dourada, tudo é fictício. Pendurada em um mundo invisível... Tudo é fictício, fictício, fictício, finja tudo isso para mim. Ficando sem tinta dourada, tudo é fictício. Pendurada em um mundo invisível... Tudo é fictício, fictício, fictício, finja tudo isso para mim." (Golden ink - Elizabeth and the catapult)

Quando não há palavras para dizer o que sinto, começa a magia de deixar estranhos falar por si.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

as times passes by

"O que começa como um indefeso trem de pensamentos, vagarosamente pode transformar-se em um vício a sonolência da desconexão e a ressonância da memória que não tem mais uma forma, mas mantém você entorpecido através das horas até que outro dia se foi." (Half sleep - SVIIB)

Você briga comigo porque eu estou jogando minha vida fora. Eu tenho dezesseis anos e grande parte do que vivi é parte de livros, de histórias que, apesar de valerem como realidade para mim, não são. Eu tenho plena consciência de que você está certo. Todos vocês estão. Eu só não tenho idéia de como mudar isso.
Então, por enquanto, eu vou perdendo tempo, vou perdendo vida para um dia se arrepender. Querer e não poder viver.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

running out of golden ink.

It's such a sad thing when heart pain become in real pain. At least, I can say that I'm feeling something when most of time it's just so numbed. However feeling pain is like get a slap when you wanted a hug so bad. But what I really want? It's so hard to find out.
It seems so right but I never felt that it was like fairytale. And even that I try, I can't stop waiting the day that it will be. By now it has been just about wait and wish, i can't help feeling that it'll never end. It never did any time before.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

we're half-awake

Atualmente tenho andado na filosofia do "penso, logo não durmo" mais do que gostaria. Não sei a quem culpar enquanto assisto minha mente vagar pelos mais diversos assuntos, nem sempre chegando a conclusões, na maioria das vezes encontrando mais dúvidas e desejos e as vezes me sentindo navegar sozinha quando o medo do desconhecido me atinge em ondas frias. Eu sinto que poderia enlouquecer. Vejo isso acontecendo quase constantemente.
Queria muito poder checar o futuro, voltar e me sentir em paz. Queria muito achar a chave que liga todos esses mistérios. Queria parar de me sentir tão perturbada com algumas idéias, achar a resposta para toda esta trama, sabendo que é impossível. Muitos melhores tentaram antes de mim e nem eles conseguiram... Por que faria eu? Não me impede a chegar em conclusões cegas, no entanto. Não sinto, não existe. Chega ao fim quando tudo que o representa acaba. Nós acabamos?
E entre filosofia, mitologia, religião e pesadelos transtornadores acho espaço para pequenos sonhos. Deixando minha mente divagar por aquilo que já rotulei como mentira ou para poucos e esperando um dia provar dela. Eros era feio, mas sentia. Psique era linda, mas apática. Completar-se, achar o que falta de você em outro. Talvez fosse mais fácil se fosse mesmo apenas isto; Talvez falte aqui a maior característica de Psique e esse seja o problema. Não sei e não faço questão de saber, me sinto ressentida em procurar.
Pela primeira vez toda esta confusão não me faz ficar desesperada ou vazar sentimentos de todas as formas. Não choro, não escrevo, não canto, não imagino, não desenho, não reclamo, não consigo fazer nada disso, só espero. Não sinto quando chega o sono depois de tanto pensar, só sei que dormi quando acordo de mais um sonho estranho. Não há nada mais para ser dito, não há significados maiores, não vai encontrar amor, amizade ou dor aqui porque é assim que eu tenho me sentido. Não vazia, semi adormecida. Perdida em meio ao caos esperando que este se parta com o tempo, tendo a certeza que cedo ou tarde isto vai acontecer.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Once again, i'm in love with fairytale

Não sei o que pretendo com isso, no entanto já estou arrependida. Não sei se você não merece o jeito que tenho pensado em você, só sei que não vale a pena. Definitivamente não vale a pena quando eu já sei o final. Eu e minha mania de impossível.
Mas tudo parece tão certo que eu vejo você, eu e o futuro. E seria perfeito se a sua atração não fosse sazonal e fosse por mim. Queria muito que a falta de palavras, que o excesso de contato, que a carência de afeição fossem reais, mas não são. Vou acabar com isso antes que saia do meu controle, antes que percebam antes que seja irreversível.
Nós daríamos certo juntos, a curto, médio e longo prazo. Se eu não fosse eu. Tenho que parar de te ver como meu Fitzwilliam Darcy, porque não sou sua Elizabeth Bennet. É triste saber como seria, só que nunca seria perfeito se você não tivesse espaço para suas fantasias. E elas simplesmente não me incluem. Tem tudo para não ser, ainda assim eu estava me apaixonando. Mais uma vez não pela realidade, mas por todos os meus 'se'.

sábado, 19 de junho de 2010

Fingerprints on you

A primeira vista, as primeiras tímidas palavras, as primeiras coisas em comum. Os primeiros sorrisos, os primeiros caminhares juntos e eu já uso seu casaco, você já canta do meu jeito. A timidez se transforma em cumplicidade, amizade e vai ficando mais próximo e próximo.
Você sabe como eu me sinto num olhar, não precisamos de palavras. E eu não preciso pedir por um abraço, você simplesmente sabe o momento certo. Dividimos palavras bonitas que não são nossas, dialogamos sobre realidades distantes que não são suas, sonhamos sociedades idealizadas e desejamos um mundo melhor. A essa altura eu já uso as suas palavras, você abusa das minhas expressões, eu já tenho as suas músicas e você conhece as minhas razões.
Então, sem perceber, os abraços não são mais o bastante, todo tempo já não é suficiente. Vai surgindo aquela pequena palavra. Balbuciado, trêmulo e amedrontado amor. E vão surgindo beijos, desejos e a saudade que dá. Dividimos motivos, razões, opiniões, gostos e aquela parte do corpo que eu arranquei de você. Cuide bem do coração que você roubou, porque é ele que faz eu e você sermos nós.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

every me

Sem inspiração, sem vontade, sem tristeza, sem mentira e sem verdade, é assim que tudo isso vai. Queria falar algo profundo, queria colocar em prática tudo que li, tudo que sei, tudo que entendo, tudo que creio, tudo que duvido, mas não sei como lidar com tudo isso. Acontece quando você tem milhares de eu em você.
Quero ser egoísta, quero ser mais eu, quero não olhar para o lado. Não preciso de amor, não preciso de ninguém e então minhas futilidades seriam minha companhia. Quero ser humanitária, quero ser mais os outros, quero estender as mãos para todos os lados. O mundo precisa de caridade e, se eu posso, devo ajudar. Quero ser espiritualizada, quero entender o cosmos, quero ver mais beleza nas coisas simples, quero praticar meu conceito de theos. Eu não preciso e não quero a teologia burra da prosperidade, o conceito de Deus vai muito além do que Ele pode lhe dar, vai muito além de uma doutrina cristã-judaica. Quero ser mais sábia, quero saber mais coisas, quero conhecer todos os sabores e gostos do mundo e das pessoas ao meu redor. Quero ser mais brasileira, ter mais orgulho do que sou, do que tenho, do que é a minha terra muito além das épocas de futebol. Quero ser mais mundial, pensar no que serei, no que terei, perder as fronteiras do subdesenvolvimento, não numa visão político-econômica, mas num âmbito cultural. Quero ser pequena, para poder caber nos seus braços, para poder chamar a tona todos os seus instintos protetores. Quero ser grande para abraçar, manter e defender aqueles futuros pequenos braços. Quero tudo e quero pouco, quero o mundo e quero agora.
Queria muito poder avançar no tempo e poder saber antecipado a massa tosca que vai surgir deste caos.

sábado, 15 de maio de 2010

Like it's forever.

Muita gente passa na nossa vida. Algumas são para ficar, outras não. Algumas fazem diferença mesmo que não haja uma amizade ou qualquer maior relação, outras se tornam amigas e são tão facilmente esquecidas. Algumas são para festas, brincadeiras e pegações. Outras são para desabafar, pedir ajudar, chorar. Algumas você pensa que vai ser para sempre, mas não são. Normalmente o para sempre se dá nas mais incertas, mais cheias de brigas, mais cheias de erros. Porque é assim que vocês aprendem a se ajudar, se entender, se aceitar. Algumas você nem vê começar, outras você quer que aconteça. Algumas são mais fortes do que esperado e outras vão se desmanchando com o tempo. Algumas entram na sua vida a partir de outras e vão ficando... Outras saem da sua vida por bobagens e vão se afastando.
Amizade. Tão incerto, imprevisível e inexplicável. Ontem você era minha irmã, hoje pensar em você e nas suas palavras me machuca. Ontem éramos inseparáveis, hoje em dia mal nos cumprimentamos. Ontem éramos para sempre, hoje somos um sorriso sem graça na presença de outros. Ontem éramos inimigas, hoje eu te tenho como uma irmã.
Amizade é isso. Fazer enxergar que nem tudo é ruim, ouvir, chorar, rir, brincar, beber, cuidar, brigar, tudo junto, agora e ao mesmo tempo. Sonhar com dias futuros, mesmo que eles não existam. Viver como se fosse para sempre mesmo que não seja. E lutar para que seja com todas as forças até o fim. Hoje quando eu cheguei em casa, eu entendi o porque de muita coisa. Amizade é isso e eu estou aqui por vocês, para vocês, assim como eu sei que vocês estão aqui para mim. Para consolar, ouvir, confessar e falar merda. E depois de tanto entender, eu preciso dizer: eu amo vocês. Obrigada por tudo, por nada e para sempre.

"Algumas pessoas lutam, algumas pessoas caem, outras fingem, não ligar para nada. Se você quiser lutar, eu ficarei ao seu lado. No dia que você cair, eu estarei bem atrás de você para recolher os pedaços. Se você não acredita em mim, olhe dentro dos meus olhos, porque o coração nunca mente".

domingo, 9 de maio de 2010

dreamer.

Duas pessoas sentadas ao chão. Ela brinca com o cabelo dele enquanto conversam por sussurros. A expressão de ciúmes pouco a pouco abrandada enquanto ela pergunta porque eles estavam falando assim. O seu sorriso é superficial e ele sabe tudo mesmo que ela não queira contar. Há uma terceira pessoa que eles não sabem e nem ligam sobre quem é. Ela olha para ele sem se iludir que ele lhe queira, tentando não notar seus olhos ou mesmo seu jeito, contando a si mesma que tudo aquilo é coisa de sua cabeça. Ele se levanta, entrelaça seus dedos aos dela e a ajuda a levantar. A diferença de alturas é notável, mas ninguém se importa.
-Eu vou cuidar de você.
Ele diz simplesmente antes de abraçá-la pela cintura, trazendo-a para mais perto de si. Fora a coisa mais nítida que ela ouvira dele em muito tempo. Não era um sussurro incerto, era uma convicta afirmação. Ela sente os lábios febris dele traçando um caminho por seu rosto até seus lábios, sente seus braços quentes apertando seu corpo contra o dele, traçando um caminho por seu rosto até seus lábios, sente suas próprias mãos acariciando-o. Perto dos lábios, ele hesita. Ela acorda.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

you're the only exception

E é por não te conhecer, que eu preciso te amar.

sábado, 1 de maio de 2010

The thunderstorm

Depois que as lágrimas se foram, a dor ficou. Ela sempre esteve aqui, pulsante e viva. Assassinando-me por partes, assim como o relógio. Lembrando-me que eu estou viva e me fazendo querer morrer. No entanto, me dá duas opções: viver ou assistir passar.
O único problema é que eu não tenho o direito de escolher. Nós estamos condenados a fingir que temos. Eu estou condenada a fingir que sou.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

So much has changed

Você também sente isso ou sou apenas eu? Acho que dessa vez não está tudo apenas na minha cabeça, está acontecendo de verdade. Ainda continuamos aqui, mas está tudo bem diferente. Eu escondo as coisas porque você não se importa, então notamos a qual ponto de indiferença chegamos.
Eu não vou ficar correndo atrás sozinha. Eu me importo, mas aprendi a agir quando agem comigo. Desculpe, mas não vem sendo seu caso.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Como lhe quero tanto.



Então aqui vamos nós de novo, nos afastamos, nos aproximamos, nos confundimos, nos ferimos e então voltamos a nos afastar jurando que isso nunca acontecerá novamente. Orgulho e palavras impensadas traçaram o nosso caminho até hoje, mas as coisas estão ficando embaçadas sobre o nosso amanhã. Dessa vez eu não vou dar o primeiro passo, isso é tudo que você precisa fazer.

No entanto, você continua parado. E eu continuo parada. Nos torturamos tentando ler o que está escrito nos olhos do outro a essa distância e os sonhos sussurram o que nós queríamos que fosse verdade. O que adianta supor o que seria no mundo real, se ele agora não existe para nós? Você me confunde, eu te confundo e tudo isso talvez deixe tudo pior. Sim, sim, sim, sim, sim.

Talvez eu tenha me feito entender mal e tudo isso faz com que um passo a frente vire uma dança novamente. Quando eu disse que não adiantava dizer, não é que seria não, mas porque seria sim mim para mim e não para você. Algo que simplesmente não iria acontecer, porque você ainda não demonstrou que quer.

Abaixe as armas, segure o orgulho e diga às palavras que nós dois precisamos e queremos ouvir. Tentar de novo talvez seja melhor que desistir a este ponto. Se depende do ponto de vista para o futuro, que dessa vez possamos escolher o ponto certo.

Uma frase, por fim: Resolvam-se logo, seus idiotas. Q

sexta-feira, 16 de abril de 2010

said 'have you seen my enemy?' said 'he looked just like me'

Há tanto tempo tentando encontrar as palavras certas para dizer. Há tanto tempo uma coisa vem me incomodando em você, daquele tipo de coisa que me faz me afastar cada vez mais e deixar isso se perder cada vez mais, para num futuro próximo olhar o passado encontrar mais demônios que anjos e chorar alegando uma vida infeliz.

Então eu paro e alego que o problema é você. E talvez em alguns pontos seja verdade, mas lá no fundo um alerta de erro começou a piscar. O problema sou eu, sempre fui. Olhar para você me faz enxergar meus problemas, futilidades e frustrações, tudo que ficou para quando eu crescer e isso me irrita. E por me irritar eu vou inventando problemas, achando coisas, quando as acusações vêm do espelho, vêm de milhares de fantasmas e sombras que vivem dentro de mim. Então eu entendo porque não entendem nada, eu entendo porque eu não entendo nada. Tudo uma armadilha minha para mim mesma, talvez uma necessidade inconsciente de drama que me faça fazer isso tudo. A resposta para essas eu não sei.

É cíclico. Entrar, ficar a vontade, ficar bem próximo e então eu te expulso a chutes. Três, quatro, um. Elos quebrados, que depois de expostos a um ressentimento ácido, são chorados com um saudosismo irritante, porque de vários ângulos não foi isso que aconteceu. Me vejo oscilar entre ódio e amor, raiva e calma, indiferença e saudade, agora plenamente consciente de que nada disso existe para você. Eu criei um mundo só para mim, mas esse mundo não quer me partilhar com ninguém. Um dia você vai cansar dos meus dramas e vai fechar a porta. Então eu acabo sozinha. Eu sozinha.

Você um dia me pediu motivos e eu disse que eles eram inexistentes, mas hoje eu descobri que aí eles estão. Você um dia me deu verdades, mas a verdade é que você nunca soube ver direito. Ler motivos não ajuda a entender suas razões. Você disse que está ouvindo o meu lado da moeda agora, no entanto eu tenho que te avisar que talvez eles estejam mesmo certos.

Depois disso tudo eu deveria andar com um aviso: mantenha-se afastado. É melhor para você. Mas ao mesmo tempo eu grito: por favor, não desista de mim.

domingo, 11 de abril de 2010

três minutos de decepção.

Você fala de mim, me manda ficar, me manda fazer. Eu sou a errada, eu não dou valor, eu sou aquela que não consegue falar amor. Mas fui eu que um dia estive preocupada e tive que lidar com seu egoísmo de quem não liga para nada além de si mesmo. Eu era tão pequena, via tudo de forma tão diferente... A sua verdade fez tudo parecer mentira. Ou a sua mentira fez aparecer toda verdade? Porque eu sou errada, eu penso errado.
Mas você não estava lá. Você voltou pelo motivo estúpido, mas não interessa se o meu é sério, pelo simples fato de que é meu. Você sempre se coloca primeiro, mas quando eu faço isso uma vez, eu fiz errado. Isso porque nada disso é meu, nada disso me agrada, nada disso sou eu, eu estou fazendo só pelo prazer da sua aceitação. Ainda assim, eu faço pouco, eu dou pouco valor, não é verdade?
Você não liga para o quanto você tirou, o quanto você machucou, mas eu não posso ter do que reclamar. Um dia eu vou aprender a não ligar.

sábado, 20 de março de 2010

I miss rain. I miss everything I had some day and haven’t given the value. I miss being a little girl without any worry but what was going to ask for as a Christmas gift. I miss believing in everything people told me, I really miss that security. I miss feeling that being alone is good enough, that’s being me was good enough. I miss believing that you want to protect me and carry about me most than everything. I miss believing that everything I live is true. I miss having friends just for play with toys. Nothing about boys or any popular thing… It was all about our Polly and Barbie. I miss talking with people who care. Because you really like to ask me to call, but you never call me either. Why should I be the only one who cares? I miss talk with someone who will not start with anything like “my pain is bigger” or “how boring are you talking all this shit”. I need help here, dude. And you, yeah you, who told me that I must talk to you, you just don’t give a shit. I can’t find a reason to believe that you would. It’s just that I care a lot about you and for some time I thought you do the same, but you don’t. No one does.

I miss having anything but dreams on my mind. I miss dreaming, I miss it a lot. I miss times that I wish something that I don’t even know what was. I miss having just my doubts and no worrying about answering it. I miss believing in fairytales. I miss not to dream with prince. I miss even more believing that he was out there and some day I was going to find him. I miss believing that people would be nice and friendly. I miss believing that everything was just a matter of time.

I miss a little girl I knew someday, with dreams and cute smile. Someone who believed yourself more that everything, that wanted to learn, to touch and to feel everything. Someone who believed in friendship and family. I want to find this little girl again and tell her not to carry the world in her back, because she doesn’t need to. Tell her that she is good enough and that she must think about herself first, because no one deserves it.

I want to tell her to play more, to fake more, to care less. Life is too short to be taking seriously. Just now I got it. I miss times that I could say “I love you” to the people who really deserves to hear it. I miss times that I saw you as my hero. I miss my naïve, my innocent, my blindness. I miss myself.

segunda-feira, 8 de março de 2010

tell me that you'll open your eyes...

Uma coisa que eu nunca admiti foi ficar fora de uma conversa. De ver pessoas conversando sobre coisas que eu não sabia o que era. Nunca gostei de ser iludida, nem de ir pela idéia dos outros. Pesquiso, leio, penso e então formo uma opinião. Talvez não sobre tudo, dada a eterna ignorância do homem, mas sobre bastante coisas. Há algumas da qual cheguei a uma opinião final, outras que continuo com minhas dúvidas. Orgulhosa de cada uma delas.
Uma coisa que me irrita muito nas pessoas que estão ao meu redor é que em geral elas preferem a ignorância sobre tudo. Não sabem opinar ou opinam em base do que viram na tv. Eternos e irremediáveis papagaios que, por algum motivo, ainda se orgulham de ser assim. Explicam terremotos e o caos do mundo como "vinda de Jesus" e ponto. Não sabem sobre política, porque todo político é corrupto. Não sabem sobre economia, porque é complicado. Não sabem sobre nada além do último capítulo da novela das oito, porque é só isso que importa. E com isso vai nascendo uma geração cada dia mais burra e manipulável, que não questionam, não reivindicam e não tem voz.
Não crítico ninguém por suas escolhas religiosas, nem por quão cegas elas decidem se fazer por elas, mesmo que na maioria das vezes eu não seja retribuída da mesma forma. Não desejo uma geração cética, porque acho a descrença um tanto miserável, mas é preciso um senso crítico. Pensar que o que está acontecendo no mundo não é reflexo da ação do homem é burrice. É fechar os olhos. Porém o que poderíamos esperar de algo que prega que a letra mata? Ficar acreditando em tudo que você ouve na tv e na internet, não ter opinião formada e deixar-se ir pelas alheias ou por quem paga melhor é burrice. Quem está rindo de tudo isso são aqueles que os manipulam para comprar isso, fazer aquilo, tornar-se cada vez mais miserável e ignorante. O que vai levar o homem a morte é a cegueira sobre seus próprios atos e as conseqüências deles, por doutrina ou por dinheiro, que inibe que façamos algo e ainda faz que critiquemos quem tenta fazer alguma coisa.
O homem necessita de senso crítico, de buscar e fazer suas respostas. Não podemos continuar como estamos, aceitando tudo que nos é imposto. Mas como criticar aquilo que não temos domínio? Para criticar algo é preciso saber mais sobre o outro do que sobre si mesmo, meu professor disse uma vez e estava mais que certo. Não há como criticar algo se você não sabe o que ele é. Não ir contra pelo prazer de ir contra, mas ter argumentos plausíveis para tal. Do contrário seria apenas intolerância, que em geral tem como conseqüência mais ignorância.
No entanto, é claro que a ilusão de que está tudo bem é muito mais confortável. Ir contra necessita sabedoria, conhecimento e senso de justiça. Coisas que a maioria não quer ter. Preferimos ficar na frente da tv, comentando sobre o último paredão do Big Brother, como é lindo o filho do Fábio Júnior ou coisas tão fúteis quanto. E depois reclamamos sobre a concentração de renda, sobre a violência, sem nos movermos para mudar. Nos tornamos independentes, nos tornamos república, entramos e saímos de uma ditadura, fomos e continuamos sendo roubados pelas mãos de uma minoria detentora de saber, sem muito fazer para mudá-lo. Pode ser bom por alguns lados, mas nos fez perder muito por outros.
Não vou dizer que não sou manipulável, - mesmo porque nunca se sabe o quanto da informação você não pode ter acesso e nunca se pode dizer que se sabe tudo, pois a quantidade de coisas que não se sabe é sempre maior do que a que um dia você vai chegar a saber - porém, posso garantir que teriam bem mais trabalho para me convencer do que com outros. E espero que isso aconteça com a população um dia. Que deixemos de ser uma minoria pensante, para pensarmos em massa, decidirmos em massa e lutarmos em massa pelo que queremos e precisamos, sem que seja preciso trezentos anos de escuridão. Espero que um dia a população abra os olhos, desgarre-se da ignorância e dê valor a sobriedade.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

worth the risk...

Hoje eu parei para ler uma revista. Sabe aqueles momentos super tédio que você não tem nada para fazer? Bom, eu estava passando por um quando resolvi pegá-la. Já comecei desinteressada quando vi uma frase interessante: "Não basta ser inteligente, você deve ser sábio. Os sábios controlam suas emoções." De início eu super concordei com a afirmação, mas ao parar para pensar percebi o quão errado aquilo era. O erro não está no ser sábio, o erro está em controlar suas emoções.
Não acho o controle das emoções um jeito sábio de viver. Viver controlando emoções é como assistir um jogo no qual o outro time só fica parado, ser um cego numa galeria de arte, surdo num concerto de Mozart. Controlar as suas emoções é abrir mão do inovador e belo da vida.
Gosto de amores arrebatadores, de tristezas desoladoras, de alegrias exorbitantes. De explodir em coisas que são novas até para mim, de me deixar guiar por elas. Porque é aí que moram as pequenas surpresas, as grandes alegrias e decepções, as incontáveis lições. Aí estão as mais belas histórias de amor, as mais lindas canções de dor, as mais profundas lições de amizade. Viver com emoções é correr sempre o risco, andar num labirinto interminável achando uma surpresa a cada esquina.
Não controlo minhas emoções. Externo-as e percebo que até no ruim pode se ter o bom. Viver se controlando é como tomar coca-cola sem gás. Comer comida light. Tolerável, mas sempre faltando algo essencial. Viver por emoções é como colorir um daqueles livros para pintar. Pegar uma coisa pré-concebida e colocar sua marca nela. Uns desenhos sairiam mais negros, outros mais azuis, outros uma explosão de cores, outros monocromáticos, mas cada um representando quem é você agora e o que você sente, sendo um pedacinho de você ali.
Por isso, abra mão de suas rédeas e colora vida. Não importa o que lhe disseram, sempre vale a pena.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

next time you point a finger...

Todo mundo já foi julgado um dia, não sou a única a sofrer isso, mas ser julgada por pessoas que você pensou que iriam te ajudar é algo extremamente duro. Seria ainda mais difícil se eu continuasse ligando, mas eu apenas liguei aquela palavrinha com vigor. Não vou ser poética sobre isso, nunca tentei ser poética sobre vocês. Tanto sal, tanta luz... Hm, engraçado porque eu não vejo nada disso. Mas como vocês mesmo diriam, sou eu quem está fora da visão. Perdoem-me, mas graças a Deus por isso.
Vocês se julgam tão santos, tão puros. Eu não ligo se estou pecando ou não, então parem de vigiar e vão olhar vocês mesmos. Afinal de contas, julgar não é pecado? Foi isso que eu li, ao menos. "Tem adolescente aqui que eu vi no cilada...", "Uma coisa para vocês, só existe céu e inferno". Uau! E você virou Deus para dizer que vai para lá e eu não? Só porque eu não me submeto ao que você se submete? Só porque eu acredito em coisas diferentes de você? Faça-me o favor.
Sabe qual é o problema? Tentar ser algo que não se é. Eu não fui a única que vocês apontaram e tive a oportunidade de assistir de perto as outras. O nosso problema era fazer as nossas coisas e assumir. Nunca precisei esconder nada de ninguém, assumo o que eu faço, o que eu gosto, o que eu penso, o que eu acredito ou não. Não deixo ninguém me manipular com idéias pré-concebidas sobre certo e errado. Sou eu quem faz meu certo e meu errado, dane-se o que você pensa sobre isso. Já vocês tão certinhos, tão bonitinhos, fazem tão pior quando as luzes se apagam e não tem mais ninguém para assistir... E ainda querem falar de mim, ainda querem falar dela. Calem a boca.
Desista de me converter, desista de me mudar, desista de babar meu ovo, seja lá o que você queira com isso. Tenho certeza que com o meu jeito de ver as coisas estou muito melhor que muita gente aí, que fica engolindo sapos. Se liberte e pense, faz muito bem. E até te ajuda a criar uma fé melhor, afinal de contas, eu continuo acreditando em Deus, só que não do mesmo jeito que vocês.
Como diz a música brilhantemente, você não tem que acreditar em mim, do modo que eu vejo isso, mas da próxima vez que você apontar um dedo, eu espero que seja para o espelho. É só a minha humilde opinião, mas eu acredito firmemente em um Alguém. Você não merece um ponto de vista se a única coisa que você vê é você. Esta é a segunda chance, eu sou meio tão bom como ele recebe, estou em ambos lados da cerca... Eu vou indicar-lhe o espelho.
Você não é ninguém para falar de mim e da próxima vez que me ver parada por lá, vá me cumprimentar e quem sabe eu não te pague uma rodada de tequila também.

domingo, 10 de janeiro de 2010

bury the castle.

Engraçado como a gente muda de tempos em tempos e o quanto se faz necessário que algo novo venha nascer para que essa mudança seja completa. Pensei em escrever o que agora quero falar no meu antigo blog, porém há muito venho me sentindo incomodada com ele. Aquilo que foi minha saída de emergência por muito tempo não parece mais se encaixar em mim. Faz parte do que eu fui um dia, um tanto diferente do que eu sou hoje. Como uma roupa que de repente para de caber, sem você nem perceber que pouco a pouco estava ficando um pouco grande para aquilo. Quero algo para marcar essa nova fase, algo que imprima no mundo alguma coisa, mesmo que o mundo não veja. Então eu estou aqui.
Acho que deveria começar o blog com um assunto melhor. E apesar de tê-los, gosto de guardar as coisas boas para mim e expor as ruins. São mais intensas, talvez mais bonitas e não vão me tornar invejável a ninguém. Não que as minhas felicidades o façam também. De qualquer forma, acho que sou melhor em dizer o que me incomoda porque é o que eu não consigo dizer com todas as palavras à todos vocês.
Essas semanas têm sido estranhas por diversos motivos. Realizações, despedidas e convicções. Talvez eu esteja começando a reparar coisas que eu não estava vendo antes e isso me deixa triste. Eu me desculpei, mas não acredito que tenha gerado alguma coisa. Me sinto idiota. Eu fugi da festa, porque eu me sentiria sozinha. Pouco importou, então eu senti alívio. Talvez um pouco de nostalgia por toda aquela ligação que perdemos, mas o tempo vai ficar com o trabalho de nos afastar pouco a pouco, tornando tudo mais fácil. Não é minha vontade deixar isso ir, mas nós temos que aceitar que não somos mais os mesmos de alguns anos atrás. Com o tempo tudo fica bem. Eu tentei mais uma vez me reconciliar, voltar ao que era. Ganhei mais um julgamento, mas um alerta do inferno. Não sei porque perco meu tempo tentando, então eu desisti. Não há como conciliar o que eu acredito com o que querem que eu seja. Me desculpe, mas eu não vou mudar. Uma amiga minha me disse que sempre me admirou por dizer o que penso, o que quero, o que acredito, deixa claro o que eu gosto ou não. Prefiro ser odiada à ser falsa. Só lamento você preferir a segunta opção.
Eu, Jéssica hoje, tão diferente do que já fui um dia. Mais racional, mais carinhosa, mais fria, mais amiga, menos popular, mais influenciadora, mais engraçada, menos responsável, mais convicta, com muito mais sede de ter, de ser, de conseguir, de vencer. E menos frágil. Finalmente, menos frágil. Menos suscetível ao seu querer. Graças as mais diversas pessoas, algumas mais queridas e outras nem tanto, que eu gostaria de agradecer. Se eu ainda estarei assim daqui algum tempo, não sei dizer. Enterrei meu castelo, só para alicerçar novos sonhos sob ele.